segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pílulas da inteligência

O uso de medicamentos para melhorar o desempenho intelectual em pessoas saudáveis é uma questão polêmica, agora, porém, o uso responsável de recursos tecnológico para "turbinar" o cérebro conta com o apoio de renomados neurocientistas, que publicaram na revista "nature" um manifesto a favor da prática.
Metilfenidato

Mercado Negro da inteligência
Entre as drogas destinadas a esse fim estão o metilfenidato, mais conhecido como Ritalina, usado para o tratamento da síndrome de déficit de atenção e hiperatividade, e o modafinil, indicado para pacientes com narcolepsia. Muitos pesquisadores e estudantes dos EUA vêm usando estes remédios adquiridos no mercado negro uma vez que são vendidos legalmente apenas sob prescrição.

Doping mental
Existem os que defendem que o uso da farmacologia para aperfeiçoar a capacidade cognitiva não deve ser visto como uma espécie de "trapaça", já que a humanidade sempre buscou formas de aperfeiçoar seu desempenho, seja por meio da educação, da alimentação ou da meditação, por exemplo. Cientistas argumentam, no entanto, que essas drogas devem ser cuidadosamente estudadas para esse fim, e devem ser avaliados seus riscos e benefícios. "Se os novos métodos forem eficazes e seguros, vão beneficiar os indivíduos e à sociedade", escreveram.

Saúde pessoal, trapaça social
Uma boa noite de sono, um café na medida certa, organização física do ambiente de estudo ou trabalho e prática regular de exercícios físicos também clarificam os pensamentos, aceleram os processos cognitivos e ampliam a concentração e a produtividade. A questão agora é definir até que ponto esses mecanismos novos de "turbo" mental não são danosos à saúde dos indivíduos a médio ou longo prazo e, também, de que forma eles podem ser compreendidos como "doping" em exames. Afinal, um candidato que deva seu resultado numa prova ao uso de um medicamento como esse foi aprovado por ter um determinado "padrão" intelectual específico - o demonstrado no exame - e, portanto, espera-se que deva trabalhar sempre dentro desse padrão, ou seja, sob efeito de drogas.

A questão é delicada e as diferentes opiniões podem ser conferidas no fórum público da Nature: http://tinyurl.com/6nyu29

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